segunda-feira, 7 de maio de 2012


Marco histórico para os que amam a Palavra de Deus

Em 1998, atingiu-se um marco histórico significativo para todos os que amam a Palavra de Deus. Naquele ano, imprimiu-se o centésimo milionésimo exemplar da “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”. De modo que ela se tornou uma das mais amplamente distribuídas Bíblias produzidas neste século!

ESTA façanha é especialmente notável quando se leva em conta que, quando esta tradução foi lançada, ela sofreu severas críticas. No entanto, ela não somente sobreviveu, mas foi bem-sucedida, entrando em milhões de lares — e corações — em todo o mundo! Qual é a origem desta tradução ímpar? Quem a promove? E que proveito pode você tirar do seu uso?

Por que uma tradução nova?

Por mais de cem anos, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos EUA), pessoa jurídica que representa as Testemunhas de Jeová, tem distribuído Bíblias. No entanto, por que as Testemunhas de Jeová acharam necessário produzir outra versão da Palavra de Deus? O livro So Many Versions? (Tantas Versões?), de Sakae Kubo e Walter Specht, menciona: “Nenhuma tradução da Bíblia jamais pode ser considerada como final. As traduções precisam manter-se em dia com os avanços da erudição bíblica e as mudanças das línguas.”

Este século tem presenciado um notável aumento no entendimento das línguas hebraica, grega e aramaica — nas quais a Bíblia foi originalmente escrita. Também se descobriram manuscritos bíblicos mais antigos e mais exatos do que os usados por anteriores gerações de tradutores da Bíblia. De modo que a Palavra de Deus pode ser vertida com mais exatidão hoje do que antes! Por isso, foi com bons motivos que se constituiu a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia para empreender a tradução da Bíblia nas línguas da atualidade.

Em 1950 publicou-se a versão inglesa da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. O próprio título dela era bem diferente da tradição, rejeitando a designação da Bíblia como tratando-se de testamentos “Velho” e “Novo”. Na década que se seguiu, publicaram-se as Escrituras Hebraicas em partes. Em 1961 lançou-se a Bíblia completa, em inglês, em um só volume.

Quem é que traduziu esta notável Bíblia? A Sentinela (em inglês) de 15 de setembro de 1950 (em português: 1.° de julho de 1951) disse: “Os homens que formam a comissão de tradução indicaram seu desejo . . . de que permaneçam anônimos, e especificamente não querem que seus nomes sejam publicados nem enquanto vivem nem depois da sua morte. A tradução tem por fim exaltar o nome do Deus verdadeiro e vivo.” Alguns críticos fizeram a acusação de que a obra devia ser sumariamente rejeitada como produto de amadores, mas nem todos adotaram tal postura desarrazoada. Alan S. Duthie escreve: “Será que sabermos quem são os tradutores ou os editores de determinada tradução da Bíblia nos ajuda a decidir se esta tradução é boa ou má? Não diretamente. Não há substituto para o exame das características de cada tradução.”

Particularidades únicas

Milhões de leitores fizeram exatamente isso e descobriram que a Tradução do Novo Mundo não é somente fácil de ler, mas também escrupulosamente exata. Seus tradutores trabalharam à base das línguas originais, a hebraica, a aramaica e a grega, usando os melhores textos disponíveis. Exerceu-se também um cuidado incomum para verter o texto antigo o mais literalmente possível, mas numa linguagem que pudesse ser prontamente entendida. Por conseguinte, alguns eruditos louvaram esta tradução pela sua integridade e sua exatidão. Por exemplo, o periódico Andover Newton Quarterly, de janeiro de 1963, disse: “A tradução do Novo Testamento é evidência da presença, no movimento, de peritos habilitados a lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica.”

Os tradutores abriram um novo mundo de entendimento da Bíblia. Textos bíblicos que antes haviam sido apenas pouco entendidos tornaram-se dramaticamente claros. Por exemplo, o texto de Mateus 5:3, que causava perplexidade, “bem-aventurados os pobres de espírito” (Figueiredo), foi traduzido dum modo que faz sentido: “Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual.” A Tradução do Novo Mundo também é bastante coerente e uniforme na sua tradução de termos-chave. A palavra grega psy‧khé, por exemplo, foi traduzida “alma” em cada uma das suas ocorrências. Em resultado disso, os leitores podem prontamente discernir que, contrário a teorias religiosas, a alma não é imortal! — Mateus 2:20; Marcos 3:4; Lucas 6:9; 17:33.

Restaurou-se o nome de Deus

Um aspecto notável da Tradução do Novo Mundo envolve a restauração do nome de Deus, Jeová. Nos exemplares antigos da Bíblia hebraica, o nome divino é representado por quatro consoantes que podem ser transliteradas como YHWH ou JHVH. Este nome distintivo ocorre cerca de 7.000 vezes só no chamado Velho (ou Antigo) Testamento. (Êxodo 3:15; Salmo 83:18) É evidente que o nosso Criador quer que seus adoradores tanto conheçam como usem este nome!

No entanto, temores supersticiosos induziram o povo judeu a deixar de usar o nome divino. Após a morte dos apóstolos de Jesus, copistas das Escrituras Gregas começaram a substituir o nome próprio de Deus pelas palavras gregas Ký‧ri‧os (Senhor) ou The‧ós (Deus). É lamentável que tradutores nos tempos modernos tenham perpetuado esta tradição que desonra a Deus, eliminando o nome de Deus da maioria das Bíblias e até mesmo ocultando que Deus tem um nome. Por exemplo, em João 17:6 se encontram as palavras de Jesus: “Tenho feito manifesto o teu nome.” No entanto, A Bíblia na Linguagem de Hoje verte isso: “Eu mostrei quem tu és.”

Alguns eruditos defendem a eliminação do nome divino por não se saber a sua pronúncia exata. No entanto, nomes bíblicos conhecidos, tais como Jeremias, Isaías e Jesus, são rotineiramente vertidos numa forma que tem pouca semelhança com a sua pronúncia hebraica original. Visto que a forma Jeová é um modo legítimo de se verter o nome divino — e conhecida por muitas pessoas — as objeções ao seu uso não parecem válidas.

A Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia adotou a medida ousada de usar o nome Jeová tanto na parte hebraica como na grega das Escrituras. Ela tinha para isso um precedente em anteriores traduções missionárias para povos na América Central, no Pacífico Sul e no Oriente. No entanto, tal uso do nome de Deus não é apenas de interesse acadêmico. Saber o nome de Deus é decisivo para se chegar a conhecê-lo como pessoa. (Êxodo 34:6, 7) A Tradução do Novo Mundo tem incentivado milhões de leitores a usar o nome dele!

Ao alcance de leitores que não lêem o inglês

Entre 1963 e 1989, a Tradução do Novo Mundo, inteira ou em parte, ficou disponível em mais dez línguas. No entanto, o trabalho de tradução era laborioso, alguns projetos levando 20 anos ou mais para terminar. Então, em 1989, estabeleceu-se na sede mundial das Testemunhas de Jeová o Departamento de Serviços de Tradução. Sob a direção da Comissão de Redação do Corpo Governante, este departamento passou a acelerar a tradução da Bíblia. Desenvolveu-se um método de tradução que combinava o estudo de palavras bíblicas com a tecnologia dos computadores. Como funciona este sistema?

Uma vez que a Comissão de Redação aprova a tradução da Bíblia numa nova língua, ela designa um grupo de cristãos dedicados para servir de equipe de tradução. As equipes podem produzir traduções mais equilibradas do que alguém trabalhando sozinho. (Note Provérbios 11:14.) Em geral, cada membro da equipe já tem experiência de traduzir publicações da Sociedade. A equipe recebe então um treinamento cabal nos princípios da tradução da Bíblia e no uso de programas de computador especialmente desenvolvidos. O computador não faz a própria tradução, mas pode dar à equipe acesso a informações importantes e ajudá-la a ter as suas decisões à disposição para pronta consulta.

O projeto da tradução da Bíblia tem dois estágios. No primeiro estágio, os tradutores recebem uma lista de palavras e de expressões usadas na Tradução do Novo Mundo em inglês. Termos ingleses relacionados, tais como os significando “expiar”, “expiação” e “propiciação”, são agrupados, alertando os tradutores a nuanças sutis de sentido. Estes compilam uma lista de equivalentes vernáculos. Às vezes, porém, o tradutor pode ter dificuldade em traduzir certo versículo. O sistema de pesquisa do computador fornece ao tradutor informações sobre os termos gregos e hebraicos e dá acesso às publicações da Torre de Vigia.

Quando o projeto passa para o segundo estágio, os termos vernáculos escolhidos são automaticamente inseridos no texto bíblico. Isto aumenta bastante a exatidão e a coerência da tradução. No entanto, o texto resultante desta operação de ‘procurar e substituir’ não é fácil de ler. Requer bastante trabalho para editar e refrasear os versículos bíblicos para que sejam fáceis de ler.

Este sistema de tradução mostrou-se notavelmente eficaz. Um grupo conseguiu traduzir todas as Escrituras Hebraicas em apenas dois anos. Compare isso com outro grupo que trabalhou numa língua relacionada sem o apoio do computador. Levaram 16 anos para isso. Até o momento, as Escrituras Gregas Cristãs já foram impressas em mais 18 línguas desde 1989. A Tradução do Novo Mundo está agora disponível, inteira ou em parte, em 34 línguas. De modo que mais de 80 por cento das Testemunhas de Jeová têm pelo menos as Escrituras Gregas Cristãs à disposição na sua língua.

As Sociedades Bíblicas Unidas relatam que partes da Bíblia estão disponíveis em apenas 2.212 dos 6.500 idiomas do mundo. Por isso, uns 100 tradutores estão trabalhando para produzir a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas e Gregas em 11 e 8 línguas respectivamente. É da vontade de Deus que “toda sorte de homens sejam salvos e venham a ter um conhecimento exato da verdade”. (1 Timóteo 2:4) Sem dúvida, a Tradução do Novo Mundo continuará a desempenhar um grande papel neste respeito.
Alegra-nos, portanto, saber que esta tradução já ultrapassou o marco de 100 milhões de exemplares e oramos para que muitos outros milhões sejam produzidos no futuro. Exortamos você a examiná-la por si mesmo. Gostará de diversas particularidades especiais: tipo bem legível, cabeçalhos nas páginas, um índice que pode ajudá-lo a encontrar versículos conhecidos, mapas pormenorizados e informações fascinantes nos apêndices. O que é mais importante é que você pode ler esta Bíblia com a confiança de que ela lhe transmite com exatidão na sua língua as próprias declarações de Deus.

Notas

É interessante que a sobrecapa da Edição com Referências de 1971 da New American Standard Bible declara similarmente: “Não usamos o nome de nenhum erudito para referência ou recomendação, porque cremos que a Palavra de Deus deve destacar-se pelo seu próprio mérito.”

The New Testament in the Original Greek, de Westcott e Hort, serviu como texto grego básico. A Biblia Hebraica de R. Kittel foi o texto básico para as Escrituras Hebraicas.

Visto que muitas pessoas são bilíngües, acredita-se que a Bíblia, inteira ou em parte, foi traduzida em línguas suficientes para ser lida por mais de 90 por cento da população da Terra.


“A tradução do Novo Testamento é evidência da presença, no movimento, de peritos habilitados a lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica.” — ANDOVER NEWTON QUARTERLY, JANEIRO DE 1963.


“As traduções precisam manter-se em dia com os avanços da erudição bíblica e as mudanças das línguas”

ERUDITOS ELOGIAM A TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO

  REFERENTE à Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, Edgar J. Goodspeed, tradutor do “Novo Testamento” grego na versão An American Translation, escreveu numa carta de 8 de dezembro de 1950: “Estou interessado na obra missionária realizada por seu pessoal, e no seu alcance mundial, e agrada-me muito a tradução livre, franca e vigorosa. Ela exibe uma ampla gama de erudição séria e sólida, conforme posso atestar.”

  Alexander Thomson, perito em hebraico e grego, escreveu: “A tradução é evidentemente obra de eruditos peritos e talentosos, que procuraram ressaltar o verdadeiro sentido do texto grego tanto quanto a língua inglesa seja capaz de expressar.” — The Differentiator, abril de 1952, páginas 52-7.

  O professor Benjamin Kedar, hebraísta em Israel, disse em 1989: “Em minha pesquisa lingüística relacionada com a Bíblia Hebraica e suas traduções, não raro eu consulto a edição em inglês do que é conhecido como ‘Tradução do Novo Mundo’. Ao fazer isso, confirmo repetidamente meu conceito de que essa obra reflete um esforço honesto de obter uma compreensão do texto tão precisa quanto é possível.”

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